NOVAS TECNOLOGIAS NA ODONTOLOGIA

O AVANÇO TECNOLÓGICO NA ODONTOLOGIA ATUAL

Com toda tecnologia do futuro que temos ao nosso alcance nos dias atuais, a odontologia não podia ficar de fora. Câmera intra-oral, raio x digital, ultra-som para cirurgias, brocas que não fazem mais aquele irritante barulho, laser para uma melhor cicatrização, tomografias computadorizadas...., e agora a engenharia genética com o uso de céluas do próprio sangue para enxertias e cirurgias guiadas pelo computador, chegaram para melhorar  a forma, o jeito e a qualidade dos implantes dentários.

Já existe  no Brasil Uma nova tecnologia que  permite a colocação de implantes dentários sem a necessidade de se fazer um corte convencional  na gengiva. Para que isto aconteça, toda a cirurgia é planejada no computador, antes de ser efetuada. A partir de uma tomografia computadorizada  da arcada dentária do paciente e de softwares especialmente desenvolvidos para esse fim, podemos planejar a cirurgia no computador e realizá-la com total segurança e no espaço tirdimensional correto do implante em relação ao osso.

Além de ser menos invasiva e de não necessitar de se dar ponto,  a cirurgia guiada possibilita a carga imediata que é  a colocação do novo dente ( a prótese) no mesmo dia, reduzindo o tempo de recuperação e os incômodos pós-operatórios.

Na cirurgia guiada, depois do paciente fazer uma tomografia computadorizada, o dentista transfere os dados para o computador. Um software lê os dados e reproduz, em três dimensões, todo o crânio da pessoa.

No computador, o dentista analisa a quantidade e a qualidade dos ossos da mandíbula e da maxila e planeja virtualmente a cirurgia, escolhendo corretamente  o local e o implante  ideal que será colocado no osso.

Após esse planejamento prévio, a tomografia já finalizada  é mandada para o departamento de prototipagem da fábrica de implantes e lá é confeccionada uma prótese especial  chamada de  ¨guia cirúrgico ¨. Esse guia é único e com um kit especial para colocação de implantes guiados, ele é colocado na boca do paciente e o implante é posicionado perfeitamente igual como planejado na tomografia.  Desta forma, se diminui as chances de erro e evita que o cirurgião corte toda a extensão da gengiva do paciente para examinar o osso e escolher os locais para a perfuração e a colocação do implante. O fato de a cirurgia não envolver o corte extenso, também deixa o paciente menos exposto a infecções como nas cirurgias convencionais.

Outra vantagem do procedimento, é que sabendo-se previamente onde estarão os implantes, a prótese pode ser confeccionada antes da cirurgia e pode ser instalada até no mesmo dia.

 Após uma análise criteriosa da condição óssea e gengival, os nossos pacientes poderão ter os seus implantes e a prótese instaladas no mesmo dia ou em ate 72 horas. Esse tratamento conhecido como carga imediata pode ser feito sem cortes de bisturi na gengiva, possibilitando uma recuperação rápida e volta às atividades de rotina, com uma qualidade de vida muito maior.

A técnica é promissora mas tem indicação apenas para os pacientes sem perda óssea. Se tem osso, já é possível fazer hoje uma cirurgia minimamente invasiva. Mas ela não é indicada para todos os pacientes. Quem tem perda óssea, por exemplo, precisa passar antes por um enxerto de osso.

infelizmente, esse perfil de paciente ainda é minoria nos consultórios dentários do Brasil, que tem uma população de 30 milhões de desdentados. A estimativa dos dentistas é que sete a cada dez pacientes que desejam um implante dentário vão precisar antes de um enxerto para compensar a perda óssea.

A maioria dos pacientes já perdeu vários dentes há muitos anos, o que leva a uma reabsorção óssea, ou seja, o osso que existia vai diminuindo e se perdendo gradativamente. Nesses casos, é necessário repor o osso perdido, por meio de cirurgias para a colocação do enxerto ósseo que pode ser feito tanto com osso do próprio paciente (retirado da mandíbula ou da bacia, por exemplo) como de banco de osso humano e com o uso de células-tronco.

Os enxertos podem acontecer antes ou na mesma sessão da colocação do implante. Nestes casos, é preciso esperar de quatro a seis meses, tempo para que o implante esteja osseointegrado para a colocação da prótese.

No caso do uso de células do próprio sangue, o Prof. Luiz Fernando Santos, é  pioneiro no uso desta técnica Francesa, sendo ele o primeiro cirurgião a fazer este tipo de cirurgia em Niterói e São Gonçalo tendo um resultado excepcional.

A técnica consiste em se coletar o sangue do paciente. Este sangue é colocado em tubos de ensaio próprios para o procedimento e depois passam por um processo de centrifugação em uma centrífuga específica para este tipo de trabalho.

 Ao término do processo de centrifugação, o sangue é separado em três partes. A sólida, a líquida e o plasma. É na parte do plasma que se encontra as células mesenquimais indiferenciaddas e que contém uma grande concentração de leucócitos e este plasma também é rico em plaquetas mergulhada em uma malha de  fibrina. Daí vem o nome L-PRF (leucócito- plasma rico em fibrina).

Após a remoção da malha de Fibrina, ele é manipulado para ser colocado no lugar do enxerto, tanto ósseo quanto de tecido gengival, dependendo do que o paciente necessita. Ou seja, dependendo do que se precisa, ele regenera tanto um , quanto o outro.  

Os resultados são tão satisfatórios que podemos colocar um implante após o uso desta técnica, com apenas 08 semanas e com uma qualidade óssea impressionante. Já na técnica convencional de  enxerto ósseo a colocação de um implantes pode ter que esperar até 06 meses.

Mas como toda técnica, existem as indicações e contra-indicações e somente  após uma analise criteriosa de profissionais competentes e que dominam o conhecimento da técnica, é que se pode dizer se o paciente pode ou não ou até se deve fazer uso dela.